A forma como aprendemos no local de trabalho deve estar alinhada com a permanente evolução dos tempos. Programas, cursos, workshops e certificações fazem parte da solução, e são abordagens tão necessárias hoje como o eram ontem. Mas não estão isentas de limitações. Está na altura de ir mais além e adicionarmos algo a estas abordagens que quebrem estas limitações. Algo que nos ajude a aprender mais rapidamente, de uma forma mais flexível e mais alinhada com a agitação diária do nosso trabalho.
Se alguma vez trabalhou com a área das tecnologia de informação, isto irá lhe parecer familiar. Os especialistas nesta área têm vindo a aprender desta forma há anos. Claro, também obtêm diplomas, fazem cursos e participam em workshops. Mas quando algo deixa de funcionar ou quando é necessário usar uma nova ferramenta, não esperam pela próxima formação. Eles pesquisam no Google. Fazem experiências até encontrarem o que funciona. É a aprendizagem no momento - porque é nessa altura que é necessária, não mais tarde.
Então, porque é que este tipo de aprendizagem se deve limitar á resolução de problemas técnicos?
Pense nas competências transversais á arte de trabalhar bem. Como a capacidade de dar um bom parecer, gerir conflitos, conduzir uma reunião, saber apresentar algo, lidar com a fatiga … Estas não são coisas que se aprendam e se coloque de lado para mais tarde usar quando for oportuno. São necessidades que aparecem a meio do dia, muitas vezes de forma inesperada. E se não lidarmos bem com elas, as consequências persistem e por acumulação ganham uma dimensão não desejada. Gerando insatisfação pessoal e frustração.
Para apoiar este tipo de aprendizagem, as ferramentas digitais têm de se adaptar. Hoje as plataformas estão centradas em catálogos de recursos construídos em torno de categorias, mapas de competências e etiquetas para classificar toda a informação: cursos, workshops, videos, artigos. São óptimas para catalogar, organizar realizar pesquisas por tópicos, ou mesmo para obter métricas por assunto . Mas praticamente inúteis para nos ajudar a aprender algo acionável em tempo útil.
Em vez de nos forçarem a decompor as nossas experiências em tópicos e competências, apenas para conseguirem responder e depois nos sobrecarregarem com dezenas de opções, rótulos enterrados em catálogos com milhares de recursos, as plataformas devem de ser capazes de lidar com a situação que nos ocupa a mente:
"Eu e um colega discutimos demasiado sempre que partilhamos as nossas opiniões. É frustrante.".
Desta forma, não apresentando resultados irrelevantes, mas uma lista de recursos de aprendizagem pertinentes abrangendo as competências necessárias para ultrapassar o desafio: comunicação, inteligência emocional, resolução de conflitos, liderança. Recursos criados por especialistas humanos para humanos que resolvem situações humanas.
Depois, de vez em quando, resumimos o conjunto das nossas experiências, avaliamos e decidimos que assuntos precisamos de aprofundar calmamente: talvez fazer aquele Programa de Liderança de 8 semanas em Oxford?
Quando a aprendizagem acontece em fluxo, ela mantém-se. Não nos limitamos a aprender, agimos em conformidade e obtemos um parecer imediato. E é isso que nos leva a um crescimento e gratificação mais rápidos.
O suporte para este tipo de processos na nossa aprendizagem, que vá além de questões mais técnicas, tem estado ausente nas ferramentas digitais há demasiado tempo. Está na altura de mudarmos isso para todos os que trabalham com outros, que tomam decisões, que navegam na complexidade quotidiana da interação humana e da pressão diária para se ter um bom desempenho.
Por outras palavras, todos nós. Porque o nosso tempo é precioso e não somos máquinas.
Hoje, estamos com a Learninghubz — entusiasmados por podermos ajudar a construir o futuro e o presente da aprendizagem nas empresas, tornando-a mais eficaz e em sintonia com as realidades do escritório.
Obrigado pela sua atenção,
Nuno